terça-feira, 23 de junho de 2020

Solidariedade é um sentimento que só tem sentido quando se faz uma ação.


Por Marcia Alves e Rafael Morais

    Diante dos processos de colonização, a população negra, os povos originários, artistas e toda periferia brasileira, vem ao longo da sua história de lutas e resistências, ampliando e fortalecendo as redes de solidariedade, comunhão e principalmente COLABORAÇÃO.
    O sentimento de solidariedade em rede vem se apresentando como a barca que faz a travessia de uma cidade para outra, pelo rio São Francisco. Unindo duas cidades irmãs - Petrolina e Juazeiro -  no vale do São Francisco. Em tempos de pandemia  onde um mostro terrível chamado coronavírus  obrigou o fechamento das  portas dos espaços culturais por conta de não se poder aglomerar pessoas e risco de ceifar vidas. Com isso, as  apresentação em teatros, cinemas, casas de shows não estão acontecendo.
   Quem dera pudéssemos chamar Chico e Flor para combater este monstro que tem tirado o trabalho dos artistas em suas diversas linguagens. Além de  ter tirado o trabalho de atores, produtores e tantos outros profissionais da cultura, tirou também trabalhos gerados indiretamente por meio das apresentações culturais, inclusive o da Dona Maria que vende a pipoca na porta do  teatro. Nunca foi fácil, mas sempre conseguimos vencer as dificuldades organizando-nos em rede solidária, colaborativa, resistindo e promovendo ações assertivas para defender os direitos do povo.  
    As resistências estão no próprio ato de viver, na sobrevivência e reinvenção da periferia, que é ignorada pelo poder público, que estrategicamente tem negado o direito e acesso aos bens públicos de saúde, educação e cultura. O racismo estrutural que a sociedade branca privilegiada insiste em continuar promovendo, tem nos negado o direito de viver com dignidade e respeito, o racismo tem nos tirado a vida.  Na periferia, nos becos e barracos temos uns ao outros nessa rede de apoio e ajuda mútua.
    Os nossos antepassados estão vivos, dentro de nós, resistindo ao aqui e agora. O processo de aquilombamento é nossa herança ancestral de luta e resistência diante da opressão que foi e é a colonização. Nosso quilombo, nosso barraco, nossa casa, nosso terreiro, nossa rede social na internet, que partilhamos em solidariedade aos nossos.

· Você sabia que a população negra é hoje a que mais tem morrido por conta da disseminação do Covid-19?
· Quantas pessoas negras você tem ajudado nesse momento de pandemia?
· Quantas lives de artistas negros você tem acompanhado?
· Quais ações têm sido feitas pelo poder público para amparar e cuidar da população periférica?
· O que você têm feito para ser antirracista?
· A sua solidariedade e colaboração tem chegado às pessoas negras?

    A Frente Negra do Velho Chico através de ações têm mobilizado o poder público e sociedade civil para que juntos possamos resguardar as populações negras, periféricas e minorias em vulnerabilidade socioeconômica. A campanha NEGRITUDE VIVE tem arrecadado alimentos não perecíveis, materiais de higiene e limpeza, e uma vakinha online para doações (acesse clicando aqui). Todo as doAÇÕES serão destinadas para as famílias periféricas.
A Frente Negra do Velho Chico conta com sua colaborAÇÃO!

Solidariedade é um sentimento que só tem 
sentido quando se faz uma ação







Nenhum comentário:

Postar um comentário