quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Live de Abertura do Novembro Negro do Velho Chico (quinta, 18h30)

 




O tema  "Dia da consciência Negra: Basta de Genocídio" norteará o debate de abertura da agenda do Novembro Negro do Vale de São Francisco, que acontece nesta quinta-feira (4/11), no canal do Youtube da Frente Negra do Velho Chico, entidade que, ao lado do Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Juazeiro-BA (Compir) tem mobilizado organizações e pessoas da região para a construção de uma agenda conjunta.


Pretendemos trazer à tona a situação da população negra na região e as saídas que vêm sendo forjadas pela luta conjunta, em particular a conquista do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate ao Racismo Religioso, aprovado nas cidades de Juazeiro e Petrolina. 


Participarão do debate o presidente do Compir, Alexandre, as professoras da UNEB Ceres Santos e Márcia Guena, Emili Oliveira, comunicóloga, o Vereador (PT/Petrolina), Gilmar Santos e o coordenador do Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros Abdias Nascimento - Ruth de Souza da Univasf, professor Nilton  Almeida. Venha fazer parte dessa luta!!!


***


Nesta edição será possível às associações, escolas, educadoras e educadores, terreiros, grupos de capoeira, companhias de teatro, coletivos, instituições etc. incorporar sua ação ou atividade referente à Consciência Negra dentro do cronograma do Novembro Negro. 

Basta acessar nosso formulário clicando aqui ou acessando https://forms.gle/Bdy4etKNUHT3quPR6.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Live O QUE É CONSCIÊNCIA NEGRA

Para assistir e participar clique na imagem ou clique aqui

 


“O que é Consciência Negra? Conheça essa luta, essa história!”. 

Esse tema urgente e indispensável será debatido na sexta-feira, dia 22, às 18:30 no canal da Frente Negra de Juazeiro, no YouTube. 

Nossos convidados viveram a luta do movimento negro para a criação e reconhecimento do Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil e no Velho Chico e trarão suas experiências.

Estarão conosco: o ex-Deputado Federal (PT-BA), Luiz Alberto, militante e fundador do Movimento Negro Unificado, do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores. Luiz Alberto também foi membro honorário do Parlamento Africano (União Africana); o Vereador (PT-PE), de Petrolina, Gilmar Santos, professor de História e membro da Frente Negra do Velho Chico; Marina Rocha, liderança da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Juazeiro; Márcio Angelo, Coordenador de Projetos da CET-BA, e Márcia Alves, uma das coordenadoras da Associação de Mulheres Rendeiras, em Petrolina-PE.

👉🏾 Esta atividade faz parte da agenda do Novembro Negro do Vale do São Francisco, que esse ano terá como tema “Dia da Consciência Negra: Basta de Genocídio”. A agenda está sendo elaborada conjuntamente por várias entidades e ativistas antirracistas da região, coordenada pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR) e pela Frente Negra do Velho Chico.

Participe! A luta antirracista precisa de você!

Acesse https://youtu.be/rKvsrccPRQ0

#vidasnegrasimportam
#racismomata
#frentenegadovelhochico
#compirjuazeiroba

quarta-feira, 26 de maio de 2021

CARTA ABERTA DA FRENTE NEGRA AO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVASF

 


Sobre o cumprimento da reserva de vagas para negros nos concursos

 

A Frente Negra do Velho Chico se dirige às integrantes e aos integrantes do Conselho Superior da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Conuni Univasf) sobre as vagas reservadas para negros nos concursos docentes da instituição.

O Conuni Univasf constituiu há alguns meses uma Comissão Antirracista, autora de uma análise estratégica para a promoção da igualdade racial em nossa região, o “Relatório 44”. Este relatório desenvolve uma avaliação detalhada da Lei Federal 12.990/2014 que estabeleceu uma reserva de no mínimo vinte por cento das vagas nos concursos da Administração Federal. Segundo este relatório, de junho de 2014 (quando foi aprovada a Lei 12.990/2014) a dezembro de 2019, foram realizados 17 concursos para contratação de docentes. Nenhum docente negro ou negra foi contratado por essa modalidade!

Ante situação tão grave, a Comissão recomenda que o Conselho Universitário reconheça que a lei não foi aplicada, resultando no não ingresso de até 44 docentes negros; e neste sentido, recomenda ainda com base na autonomia universitária, que o Conselho proponha uma política de reparação dessas vagas e por fim que a Univasf construa urgentemente uma política para garantir a efetiva aplicação da reserva de vagas para negros nos concursos.

Conquanto o racismo institucional signifique o fracasso coletivo de uma organização ou instituição para prover um serviço apropriado e profissional para populações e/ou pessoas de determinada cor, cultura ou origem étnica, resultando em desvantagens para essas pessoas e populações, conclamamos o Conselho Superior da Univasf a encampar as três recomendações do relatório 44, dando assim um forte - e urgente - passo no fortalecimento real da promoção da igualdade racial em nosso país.

 

Velho Chico - 26/5/2021



quarta-feira, 12 de maio de 2021

Teatro Negro e Resistência (14/5, 19h)

 


#negritudevive #frentenegradovelhochico #valedosãofrancisco #afometempressa

Frente Negra do Velho Chico promove no dia 14 de maio bate papo sobre Teatro e Resistência  com atores do Bando de Teatro Olodum e artistas da região. O objetivo é  levantar fundos para a compra de cestas básicas e materiais de higiene e limpeza a serem doados.

 

“No dia 14 de maio, eu saí por aí. Não tinha trabalho, nem casa, nem pra onde ir. Levando a senzala na alma, eu subi a favela

Pensando em um dia descer, mas eu nunca desci.”

 

Assim começa a canção de Lazzo Matumbi que descreve bem o que é o 14 de maio, o dia após a abolição que nunca aconteceu!!! Para que esse dia seja entendido, a Frente Negra do Velho Chico promove o bate papo 

“Teatro Negro e Resistência”, 

às 19 horas, com os atores do Bando de Teatro Olodum, Jorge Washington e Fábio Santana, as atrizes Tami Oliveira e Ruthe Maciel e o diretor e roteirista Marcos Velasc.

O evento tem como objetivo arrecadar fundos para a campanha Juventude Vive, de arrecadação de alimentos e materiais de limpeza. Por isso as inscrições serão feitas até às 18 horas do dia 14, mediante o envio de uma contribuição de, no mínimo, R$10 (dez reais), através do pix frentenegradovelhochico@gmail.com. Se puder, doe mais!!! O comprovante de pagamento deve ser enviado para o WhatsApp (071)99130-4862 ou para o direct do Instagram @frentenegradovelhochico.


O link será divulgado para os inscritos. O valor arrecadado será direcionado para a compra  de cestas básicas e materiais de limpeza a serem distribuídos para populações vulneráveis da região, incluindo quilombolas, povos de terreiro, população em situação rua, população encarcerada entre outros grupos.

O dia 14 de maio é uma data marcante para o povo negro! É um dia após a abolição em que nada foi entregue aos nossos antepassados. Nenhum direito, nenhum trabalho, nenhum pedaço de terra, nenhum acesso aos marcos de cidadania do país!

(Conheça os Oito Pontos da Frente Negra do Velho Chico - clicando aqui)

#frentenegradovelhochico #campanhanegritudevive #povonegro #teatronegro




segunda-feira, 19 de abril de 2021

EN-FRENTE, 20/4, 18h - Racismo na publicidade: o caso de Juazeiro



Racismo na publicidade: 

o caso de Juazeiro (BA)


A Publicidade, bem como outras linguagens da comunicação, tem sido palco de vários casos de racismo no Brasil, nas quais as pessoas negras são apresentadas em posições subalternas ou com uma imagem negativa. Estas peças têm sido sistematicamente denunciadas pelos movimentos negros. 

Na live “Racismo na publicidade: o caso de Juazeiro (BA)”, que será realizado no dia 20 de abril, às 18h, a Frente Negra do Velho Chico e o Conselho Municipal de promoção da Igualdade Racial (Compir) de Juazeiro (BA) discutem essa questão. O tema central  será a campanha lançada pela prefeitura municipal de Juazeiro (BA), no mês de março, em que traz pessoas negras, em particular uma mulher negra, com as seguintes legendas: irresponsabilidade, erro e culpa. A campanha foi apresentada em formatos para televisão, outdoor e mídias sociais, onde continua ativa.

Os movimentos negros locais denunciaram a peça e recorreram ao Ministério Público local solicitando providências, nos termos da lei. Para discutir o tema, as duas entidades convidaram especialistas das áreas da comunicação e do direito, Gabriela Sá, Bruna Rocha e André Santana, que trabalham com discussões raciais em suas pesquisas. Também convidamos a assessoria de comunicação da prefeitura de Juazeiro, mas a assessora Fernanda disse que “não conseguiria” participar. Segue abaixo um resumo dos currículos das/dos palestrantes:

Gabriela Barretto de Sá, professora do curso de Direito da UNEB (Campus III), onde coordena o Projeto de Extensão CAJUP Luiz Gama. Doutora em Direito na UnB, com período sanduíche na University of Pennsylvania. Mestra em Direito pela UFSC. Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Cultura Júridica e Atlântico Negro (Maré/UnB) e do RHECADOS - Hierarquizações Raciais, Comunicação e Direitos Humanos (UNEB). Autora do livro "A negação da liberdade: direito e escravização ilegal no Brasil oitocentista (1835-1874)".

Bruna Rocha, comunicadora de nascença e formação, jornalista e fundadora da plataforma Semiótica Antirracista, mestra e doutoranda em Comunicação e Culturas Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia, onde pesquisa a relação entre discurso, mediatização e acontecimento, a partir da cobertura do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Assessora de Comunicação do Programa Corra pro Abraço, @buarrocha foi 1° lugar no Prêmio Afirmativa de Reportagem, diretora de Mulheres da UNE e secretária de Mulheres do Coletivo Enegrecer, coordenou o 7° Encontro de Mulheres Estudantes da UNE, em 2016.

André Santana, jornalista, doutorando em Linguagens e professor de Comunicação Uneb e Ucsal", colunista do portal Uol e co-fundador do Instituto de Mídia Étinica e do portal de notícias Correio Nagô.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Movimento negro exige retirada de campanha publicitária racista divulgada pela prefeitura de Juazeiro (BA)

Queremos campanhas e ações de combate à pandemia. Não queremos campanhas racistas. Queremos respeito!


Nos últimos dias, a população negra de Juazeiro – que, segundo o IBGE/SIDRA corresponde a 73% - foi agredida publicamente pela Prefeitura Municipal com uma campanha de combate a pandemia por Coronavírus usando personagens negros(as), em destaque uma manequim negra, como exemplo de pessoa ‘irresponsável’, por não respeitar os protocolos de isolamento social e, consequentemente, responsável pela proliferação do Covid 19.

Nessa campanha pública, paga com recursos públicos, as mulheres negras são apontadas como irresponsáveis. Justamente um dos segmentos sociais que mais tem sofrido as consequências da falta de políticas públicas nesse um ano de pandemia. São as mulheres negras, as que mais perdem emprego e renda. Mas é a imagem de uma negra que a atual Prefeitura usa para representar as pessoas que fazem aglomerações e festas irregulares.

É preciso refletir sobre a armadilha semiótica dessa propaganda. A grande mídia e o poder público não questionam, por exemplo, o fato de que as pessoas que se aglomeram em transporte público - porque são obrigadas a trabalhar ou buscar o sustento - são negras. As expressões ‘irresponsável’, ‘erro’ e ‘culpa’ deveriam ser dispensadas ao Executivo Federal que, em um ano de pandemia, já está no seu quarto ministro de Saúde e, entre vários erros, permitiu que o número de óbitos ultrapassasse as 300 mil pessoas.

Os Movimentos Negros em Juazeiro têm desde o início da pandemia realizado campanhas não só de arrecadação de alimentos e materiais de higiene, mas promovido campanhas efetivamente educativas. Carros de som nos bairros, aulas públicas virtuais e outros conteúdos na internet são apenas alguns exemplos. Levamos pautas levadas às Prefeituras de Juazeiro (e também de Petrolina), desde abril de 2020, apresentando e explicando essas mesmas pautas em reuniões com as secretarias municipais, argumentando no sentido dos impactos benéficos de uma abordagem antirracista no combate à pandemia.

Em suma: os Movimentos Negros estão atuantes e alertas, e se colocando à disposição da luta contra a Covid-19 desde o início. Foram esses movimentos os responsáveis pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate ao Racismo Religioso nas duas cidades!!!. Em plena pandemia conseguimos aprovar essas duas leis fundamentais no combate às desigualdades históricas, que explodem durante a pandemia.

A melhor maneira do atual Governo Municipal se redimir dessa demonstração explicita de racismo é retirando essa campanha de circulação e pedindo desculpas, publicamente, ao povo negro, substituindo-a por peças publicitárias realmente educativas e que efetivamente promovam uma diversidade real e respeitosa.


Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Juazeiro - BA (Compir)

Frente Negra do Velho Chico

Coletivo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Luiz Gama - CAJUP/UNEB

Associação Cultural São Bartolomeu (Vodun Jidãn Dãn dá Rum Bessenador)

Pérola Negra – UNIVASF

Núcleo de Arte e Educação Nego D´Agua - Naenda

Coletivo Abdias de Teatro Negro

Conselho de Segurança Alimentar de Juazeiro

Grupo de pesquisas Rhecados – Hierarquizações raciais, Comunicação e Direitos Humanos

Afoxé Filhos de Zaze

Coletivo Enxame

Coletivo Pretas, Pretos, LGBT+ e Periféricos

MNU - Movimento Negro Unificado Nacional